O que a neurociência fala sobre o cérebro adolescente

A TRANSFORMAÇÃO DO CÉREBRO ADOLESCENTE.


Essa fase com certeza é a que mais traz conflitos na família e na sociedade, e não é pra menos. Nesse período o cérebro vai precisar se organizar novamente, pois quando a criança para de engatinhar e começa a andar, ela tem sua primeira poda sináptica.

Acreditem ou não, mas a maturação cerebral terá seu fim na idade adulta. Com a adolescência sua massa cinzenta (corpo celular) diminui, devido a uma perda de sinapses, enquanto que a massa branca (axônio) aumenta. Quando todos nós nascemos, nós possuímos um grande número de neurônios e as sinapses aumentam até os 6 meses de vida.

Já na adolescência, quando as crianças iniciam essa fase, ocorre uma perda de sinapses consideráveis e ao mesmo tempo consolidação de outras. O cérebro começa a se formar do tronco cerebral para o lobo pré-frontal, e é esse o lobo responsável pelo comportamento social, como por exemplo: inibição de impulso, concentração, planejamento e empatia do ser humano. É nessa fase que começa a se desenvolver a autorreflexão, a autorregulação e o raciocínio, tornando esses jovens mais críticos consigo mesmo e com outros.

Como nessa frase o cérebro ainda está se transformando, pois existe uma perda de aproximadamente de 100.000 neurônios e junto a isso, um aumento de hormônio sexual, justificando seus momentos irritadiços e os embates com seus familiares. No córtex pré-frontal, uma região chamada de córtex órbitofrontal (localizada atrás dos olhos), é a última a amadurecer e promover as capacidades de usar emoções para nortear decisões e de criar empatia pelos outros.


Já mencionei em postagens antigas o sistema límbico, pois este, no adolescente, também passa por um processo de transformação e é o causador do comportamento típico em busca de novidades, excessos e o de risco. Nessa fase, eles precisam de muito mais para sentirem o prazer, que por sua vez é proporcionado pelo neurotransmissor chamado dopamina. Os adolescente possuem um terço dos receptores para dopamina, precisando portando de experiências mais intensas para que possa ser liberado mais substâncias dopaminérgicas para sentir prazer. Nesse período o risco de dependência é o maior porque o jovem está em uma fase de experimentação. Pois bem, é nessa fase que é preciso orientar e acolher o adolescente. Para saber mais clique no link abaixo.

https://www.youtube.com/watch?v=385bmV7SpEc

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Referência:
STAN, Gilberto, O cérebro adolescente. Neuroeducação, São Paulo, nº 4, edição 4, p.40-43, 2015.


1 Comentários

  1. Muito bom saber disso. .. explica muitos"atos retardados" feitos pelos adolescentes! !!

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