Como o Cérebro Processa a Linguagem

Neurocienstista da Rede CpE publica artigo sobre predição de linguagem por imagens cerebrais

O neurocientista integrante da Rede CpE Augusto Buchweitz da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) publicou um artigo de revisão no Jornal de Pediatria da Sociedade Brasileira de Pediatria sobre o desenvolvimento da linguagem no cérebro com base nas as novas informações sobre função cerebral obtidas pela neurociência cognitiva.

O documento revisado discute o desenvolvimento da linguagem e da leitura no cérebro, com foco em neuromarcadores que podem prever resultados de linguagem. O artigo aborda a evolução do entendimento sobre como o cérebro processa a linguagem e como avanços na neuroimagem têm permitido uma análise mais precisa desses processos.

O texto menciona três pontos principais:

  1. Desenvolvimento de circuitos cerebrais para a linguagem falada: Esse processo é considerado resiliente e ocorre naturalmente na maioria das crianças, independentemente de fatores externos como a situação econômica. No entanto, atrasos no desenvolvimento da fala podem ser indicadores de dificuldades futuras, como a dislexia.

  2. Adaptação neural com a instrução da leitura: Aprender a ler provoca mudanças significativas no cérebro, especialmente nas áreas visuais e auditivas. O artigo descreve como o aprendizado da leitura "injeta" novas funções em áreas cerebrais previamente associadas a outras tarefas, como o reconhecimento de objetos e rostos.

  3. Predição do desenvolvimento da linguagem e a neurociência translacional: Um dos avanços mais promissores discutidos é a capacidade de prever dificuldades de linguagem e leitura com base em marcadores cerebrais identificados por imagens de ressonância magnética funcional (fMRI). Isso pode levar à personalização de intervenções educacionais antes que os problemas se manifestem claramente.

O artigo conclui que os estudos neurológicos, combinados com a aplicação de algoritmos de aprendizado de máquina, podem fornecer novas formas de prever resultados relacionados à linguagem e à leitura, o que ajudaria na criação de políticas educacionais e de saúde mais eficazes. O autor também discute os desafios éticos e políticos de aplicar essas descobertas na prática.

No link abaixo está o artigo em inglês

http://cienciaparaeducacao.org/blog/2016/04/05/linguagem-estampada-no-cerebro/

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem

Formulário de contato